Índice industrial Dow Jones subiu 0,29%, enquanto o das maiores empresas americanas, o S&P 500, avançou 1,32%. O que reúne empresas de tecnologia, o Nasdaq, valorizou 2,38%
As principais bolsas de Nova York avançaram até 2,38% na semana embaladas pelo setor de tecnologia, especialmente o setor de chips, e pela resiliência da economia americana apontada por dados sobre o mercado de trabalho e índices de atividade do setor de serviços. A fabricante de chips de inteligência artificial chegou a disparar mais de 5% em uma única sessão e ocupar por algum tempo o posto da segunda empresa mais valiosa do mundo.
No acumulado das cinco sessões, o índice industrial Dow Jones subiu 0,29%, enquanto o das maiores empresas americanas, o S&P 500, avançou 1,32%. O que reúne empresas de tecnologia, o Nasdaq, valorizou 2,38%. Ao longo da semana, tanto o S&P 500 como o Nasdaq renovaram seus recordes históricos.
O estrategista-chefe global da XP, Paulo Gitz, aponta que o setor de tecnologia se recuperou das perdas da semana anterior e subiu 2,4% refletindo a performance forte das grandes empresas do setor, em especial da Nvidia, que chegou a ultrapassar a marca de US$ 3 trilhões em valor de mercado de mercado e finalizou a semana em alta de 10%.
Mas, no último dia da semana, o mercado tomou um balde de água fria. Foi divulgado o resultado surpreendente do relatório oficial de emprego dos EUA, o ‘payroll’, de maio, que registrou a abertura de 272 mil novas vagas de emprego, um volume bem acima do esperado, de 190 mil, e das 165 mil vagas registradas em abril. Também surpreendeu a aceleração do salário médio por hora para 0,4% em maio, depois de registrar 0,2% em abril.
Como resultado, ao final da sessão, o índice industrial Dow Jones caiu 0,22%, o S&P 500 registrou leve queda de 0,22% e o Nasdaq encerrou com queda de 0,25%.
Os dados do payroll jogam um balde de água fria nos dados anteriores divulgados nesta semana, que deram sinais de que o mercado de trabalho estava esfriando. Um mercado de trabalho mais aquecido do que o esperado deixa um corte de juros no país mais distante, o que é negativo para investimentos de risco, como ações. Depois da divulgação do dado, investidores voltaram a apostar em apenas um corte nos juros este ano, em setembro, segundo ferramenta do grupo CME.